domingo, 15 de julho de 2012

SEJAMOS CHATOS, INVEJOSOS E RABUGENTOS


Não há mais espaço para poesia, não há mais espaço para amores exagerados.
O poema perdeu sua independência, precisa da musica ou de alguma tecnologia nova.
Ou simplesmente foi reduzido a uma linha, a uma maldita frase.
“Que seja eterno enquanto dure” posta a adolescente apaixonada em sua rede social
Provavelmente nem sabe quem foi o autor.
Mas os velhos até que duram, ainda.
Os jovens morrem na sombra do esquecimento
Quantos Pessoas, Shakespere, Drummonds
Estão por aí, escrevendo prosa, escrevendo música.
Por favor, não musique meus poemas (a não ser é claro que dê muito dinheiro).
Não há mais espaço para subjetividade, para as sutilidades
Grite, desenhe, tire uma foto ou filme, sei lá.
A poesia morreu assim como o cinema mudo
Dane-se O artista, dane- se a arte.
Vamos escrever um livro
Sobre magia, vampiros que não chupam sangue, intrigas mirabolantes, ou qualquer coisa que venda.
O tal do ego te faz escrever o poema e te faz ter vergonha do mesmo
O poeta virou marginal, um “louco”,um “boiola”, um “depressivo”
Não escrevam poesias crianças, batam punhetas, ouçam a musica do verão, e abra seu “feice”.
Agora adeus, porque vou escrever meu livro de autoajuda, vai ver se me ajuda e eu fico rico.
Um poeta rico, mas sem poesia.

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